Que virá depois da Web 2.0? Ainda esta fase está em erupção e já se começa a esboçar um novo capítulo para a rede mundial de computadores. A Web versão 3.0 ou Web Semântica, anunciada como a terceira geração da Internet, projecta estruturar todo o conteúdo disponível na Rede, com sistemas mais inteligentes e sofisticados, que darão contexto aos dados e às informações.
A ideia de organizar e estruturar a Rede não é de agora, começou a ser impulsionada pelo próprio criador da WWW, Tim Berners‐Lee. Em 2001, Berners‐Lee, juntamente com James Hendler e Ora Lassila, publicou um artigo, na edição de Maio da revista American Scientific, intitulado precisamente “A Web Semântica”. Os investigadores escreveram sobre uma Internet em que o computador – ou qualquer outro dispositivo ‐ não seria apenas capaz de apresentar a informação contida nas páginas web, como também a podia “entender”. Na prática, isso significava que as máquinas poderiam realizar, quase sem intervenção humana, uma infinidade de tarefas, uma inovação que simplificaria a vida dos internautas. “A web semântica não é uma web à parte, mas uma extensão da actual, na qual a informação tem um significado bem definido, possibilitando que os computadores e as pessoas trabalhem em cooperação”, escreveram os autores no referido texto.
Para a World Wide Web Consortium (W3C), a web semântica é uma web ampliada, dotada de maior significado em que qualquer utilizador poderá encontrar respostas às suas perguntas de forma mais rápida e simples graças a uma informação melhor definida”. Mais: “Graças à semântica da web, o software será capaz de processar o conteúdo,raciocinar com ele, combina‐lo e realizar deduções lógicas para resolver problemasquotidianos automaticamente”.
O termo Web 3.0 foi usado, pela primeira vez, pelo jornalista John Markoff, num artigo para o “New York Times”. Seria a terceira fase da Internet, depois de uma Web 1.0 em que o principal foi a implementação e popularização da rede em si, etapa marcada por sites estáticos, sem interacção com os utilizadores; de uma Web 2.0 muito mais participativa e colaborativa, em que a rede funciona como plataforma de aplicações e serviços de todo o tipo; e avizinha‐se agora a Web 3.0, que pretende ser a organização e o uso inteligente de todo o conhecimento já disponível na Internet (Nafría, 2000).
A expressão não reúne consenso no seio na comunidade virtual, aliás, como já acontece com a Web 2.0. Segundo a Nova Spivac, da Radar Networks, estamos neste momento em transição da versão 2.0 para a 3.0, vaticinando que entre 2010 e 2020 chegaremos à Web 4.0, em que a web será um gigante sistema operativo mundial que oferecerá todo o tipo de interacções inteligentes.
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