Não existe um consenso sobre o significado do conceito. Mais: o termo Web 2.0 é tão controverso que tanto desperta paixões como animosidades. Por um lado, temos aqueles que defendem uma segunda geração da Internet, baseada em novas máximas, como a simplicidade e o conteúdo, por outro, temos os opositores do conceito, que o consideram simplesmente uma estratégia de marketing, com fins lucrativos.
Atribui‐se a origem da expressão a Tim O’Reilly, que utilizou a palavra, pela primeira vez, em 2003, numa sessão de brainstorming, entre a O’Reilly Media e a Media Live International, da qual nasceu a Conferência Web 2.0, que se realizou em Outubro do ano seguinte, em São Francisco, nos Estados Unidos.
Tim O’Reilly definiu o conceito do seguinte modo: “Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regras mais importante é desenvolver aplicações que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas”.
Se Tim O’Reilly é o grande dinamizador do conceito, Tim Berners‐Lee é o seu principal detractor. Indagado numa entrevista se existiria alguma diferença entre a Web 1.0 e a Web 2.0, o pai da Web asseverou : “Absolutamente, não. Web 1.0 foi baseada na conexão de pessoas.
Foi um espaço interactivo, e eu penso que a Web 2.0 mais como um jargão, que ninguém sabe o que significa...”. Numa tónica mais suave, Nafría considera o conceito plenamente válido, que admite diversas definições e inumeráveis derivações. A IFRA, uma associação internacional voltada para o negócio de jornais, numa edição especial sobre o assunto, diz que “a Web 2.0 não é um produto, não é uma tecnologia, e apesar de estar na crista da onda, também não é um avanço revolucionário. É antes um termo abrangente e apelativo para uma evolução em curso no modo como as pessoas usam a Web”.
Idolatrada por uns, odiada por outros, o certo é que a expressão está na berlinda e é a razão para acérrimos debates sobre o seu verdadeiro significado. O termo ganhou tal dimensão, que uma busca no Google conta mais de 81 milhões de referências. A nova encarnação da Web tem merecido tanta atenção dos investigadores e dos media que até já começa a ser tratada como uma “segunda bolha” da era cibernética, um fenómeno que ocorreu entre 1995 e 2001.
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